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      monikasasse1134
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      <br>Participei da adaptação do filme Marty in Boston. Acostumado a rodar um filme atrás do outro, John C. Reilly não esperava que Chicago, As Horas e Gangues de Nova York fossem lançados simultaneamente nos cinemas. Nem podia imaginar que as três produções disputariam o Oscar de melhor filme na cerimônia agendada para o dia 23 de março, em Los Angeles. “Caso fosse o protagonista das histórias, correria o risco de me sentir superexposto”, brincou o ator, lembrado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood pela performance de coadjuvante no musical Chicago – sua primeira indicação ao Oscar em 14 anos de carreira nas telas.<br> O último ator a ter o nome nos créditos em três produções concorrentes ao Oscar de melhor filme foi Thomas Mitchell. Em 1939, ele integrava o elenco de E o Vento Levou, A Mulher Faz o Homem e No Tempo das Diligências. Naquele ano, no entanto, dez títulos entraram na disputa pela estatueta da categoria. Desde que o número de candidatos foi limitado a cinco pela Academia, ninguém conseguiu repetir a façanha.<br><br> “Não entrei nesse negócio de olho na fama ou no dinheiro que o cinema pode proporcionar”, desconversou o ator, de 37 anos. Com quase 30 longas-metragens na bagagem, Reilly está mais interessado em superar expectativas na profissão que escolheu. “Não necessariamente a dos outros, mas as minhas”, contou. Só a idéia de cantar e dançar no elenco de Chicago, que estréia no Brasil em 7 de março, fez o ator perder várias noites de sono. “Temia ser demitido assim que soltasse a voz na primeira leitura do texto na presença dos produtores.” Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida à Agência Estado, em Nova York.<br><br> Por atuar em três dos melhores filmes, pode-se dizer que 2002 foi o seu ano? Reilly – Nunca pensei nisso. Até porque alguns deles foram feitos muito antes. Como Gangues de Nova York, que eu rodei no primeiro semestre de 2001. Reconheço apenas que eu ajudo alguns dos atores principais a alcançarem excelentes performances. Seria o meu ano se eu fosse o protagonista dos três filmes. Mas não reclamo. Sou ator desde os 8 anos, quando fui atraído pela possibilidade de usar sempre a minha imaginação.<br><br> O que me interessa é criar. Como abordou o trabalho no musical, gênero no qual não tinha experiência? Ainda que eu tenha feito musicais na infância, não tinha dançado e cantado profissionalmente. “Chicago” me fez lembrar como eu sempre adorei o gênero. Até hoje me lembro do impacto que “A Fantástica Fábrica de Chocolates” teve sobre mim. Sabia, porém, que a admiração pelos musicais não garantiria nada, se eu não tivesse as habilidades necessárias para o papel.<br><br> Por sorte, Rob Marshall (o diretor) sabe extrair o melhor dos atores. O aspecto físico foi o mais desafiador no processo? Não necessariamente. O que mais me preocupou foi o fato de Chicago ser uma sátira que, por vezes, precisava ser abordada realisticamente. A tendência nos musicais é fazer graça o tempo todo. Só que isso não funcionaria aqui. A inexperiência musical de Renée Zellweger, sua parceira nas telas, o tranquilizou? De certa forma, sim. Renée admitiu também estar nervosa no dia do teste.<br><br> E ela parecia mesmo. Provavelmente tinha tomado muito café. Eu tentei acalmá-la dizendo que o teste seria o mesmo que entrar no palco. Quando Renée me contou que nunca tinha feito uma peça, eu me senti mal. Pensei que ela não sabia exatamente onde estava se metendo. Mas quando ela pisou no palco, eu fiquei impressionado. Renée deixou todos de queixo caído. Procurou se espelhar em algum ator em particular na composição de seu personagem em “Chicago”, Amos Hart, o marido traído?<br> Enquanto me preparava para o meu número musical (Mr. Cellophane), eu busquei inspiração em Stan Laurel (o magro da dupla O Gordo e o Magro), Buster Keaton, Charlie Chaplin e Emmit Kelly. Ou seja, website nos atores que passavam uma imagem de solitários trágicos. Foi uma grande responsabilidade ressuscitar o arquétipo desse personagem para uma nova geração de espectadores. Adorei fazer o número com aqueles sapatos de palhaço (risos). Gostei tanto da experiência que atuei novamente em musical.<br><br> Participei da adaptação do filme Marty in Boston. Como foi a experiência no set da superprodução “Gangues de Nova York”, rodado nos estúdios da Cinecittà, em Roma? Foi fantástica, ainda que eu tenha me desgastado entre Roma e Los Angeles. Fui e voltei sete vezes ao longo do processo. Mas a experiência de rodar no mesmo estúdio onde Sergio Leone e Federico Fellini realizaram clássicos valeu o esforço. O clima no set foi contagiante.<br><br> Estávamos muito envolvidos pelo período histórico. Nunca entendi de onde surgiram os boatos de que Harvey Weinstein (vice-presidente da Miramax) e Martin Scorsese (o diretor) se desentenderam durante a produção, Se eles fossem mesmo inimigos, não teriam um novo projetos juntos: The Aviator. Em “As Horas”, seu personagem é abandonado pela mulher (Julianne Moore), algo que você tem vivido com certa frequência nas telas (o mesmo ocorre em “Chicago” e “Por um Sentido na Vida”).<br><br> Recentemente interpretei alguns sujeitos que acabam sozinhos. Mas não esqueça que em Jogada de Risco, eu fico com Gwyneth Paltrow e, em Magnólia, tenho um final feliz com Melora Walters (risos). Ainda assim, não reclamo dos papéis em que sou descartado por mulheres. Casamentos felizes não são muito prazerosos de retratar na tela. Eu prefiro os papéis dramáticos, que dão a dimensão verdadeira dos conflitos humanos.<br>

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